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Como deveria ser o Trem de Subúrbio (o "metrô") de Fortaleza

  • Luan César da Costa
  • 20 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

Fortaleza já teve várias ferrovias e ramais ferroviários, mas hoje só sobraram os principais e ramais para cargas e se estes ramais fossem reativados? A nossa cidade teria um sistema similar à Reseau Express Regional (RER) que é a rede de trens suburbanos de Paris numa metrópole bem menor, ou seja, atenderia proporcionalmente mais pessoas.

Está aí o histórico das ferrovias e dos ramais em Fortaleza e na metrópole que deveriam ser todos reconstruídos para bitola mista de 1 m e 1,435 m, nos trechos onde a linha precisaria ser subterrânea ou elevada assim deveria ter sido feito:

Em 14 de setembro de 1873 chegou ao Ceará a tecnologia das estradas de ferro: foi inaugurada a Estrada de Ferro de Baturité entre Fortaleza e Parangaba. O pátio era na Estação Central.

Em 14 de janeiro de 1875 a ferrovia chegou à Maranguape.

Em 9 de janeiro de 1876 a linha chegou à Pacatuba.

Em 1883 teve início a construção da Alfândega.

Em 1887 teve início a construção do Quebra-Mar onde hoje existe a INACE.

Em 1888 foi feita por Alberto Herbester a Planta da Cidade Capital de Fortaleza onde temos outros ramais mostrados:

Na esquina entre a Travessa Municipal (atual Rua Guilherme Rocha) e a Rua Padre Mororó onde hoje existe o gigante Edifício Cidade terminava uma linha de trem que tinha ramais para Parangaba, o Quebra-Mar que era parte do porto feito por John Hawksaw e para a Alfândega (atual Caixa Cultural).

Em 7 de setembro de 1891 foi inaugurado o Ramal do Mucuripe que passava.

Em 1917 foi desativada a Estrada de Ferro de Baturité nas avenidas Tristão Gonçalves e Carapinima.

Em 25 de maio de 1906 foi inaugurada a Ponte Metálica que era o porto da cidade à época e tinha uma estrada de ferro, hoje ela é a ponte abandonada.

Em 26 de maio de 1906 foi inaugurada a Ponte dos Ingleses que também era o porto da cidade à época e também tinha uma estrada de ferro, hoje ela é a ponte reformada.

Em 12 de outubro de 1917 foi inaugurada a Estrada de Ferro Fortaleza-Itapipoca que terminava à época em Caucaia.

Em 31 de dezembro de 1922 foi inaugurada a antiga Estação Otávio Bonfim e nessa época também foi inaugurado o trecho que posteriormente se tornou a 1. parte da Av. José Bastos.

Em 24 de fevereiro de 1926 foi inaugurada a Estação Cauípe em Caucaia.

Em 14 de outubro de 1926 foi inaugurado o Ramal da Barra do Ceará que hoje só permaneceu até o posterior Pátio Ferroviário do Urubu.

Em 4 de outubro de 1930 foi inaugurado o Pátio Ferroviário do Urubu.

Em 1941 foi inaugurado o Ramal Parangaba-Mucuripe.

Em 1954 foi desativado o Ramal da Barra do Ceará que deu lugar à casas onde deveria passar hoje um novo Ramal da Barra subterrâneo e à Av. 20 de Janeiro onde este ramal deveria passar de forma subterrânea como parte dum "Grande Circular" ferroviário.

Sabe-se lá quando, mas foi inaugurado um ramal entre a Estação Caucaia e o Pátio Ferroviário do Aracapé nas proximidades do Quarto Anel Viário.

Em 9 de abril de 1965 foi terminado e inaugurado o Porto do Mucuripe que teve uma extensão do Ramal do Mucuripe até o fim do Quebra-Mar do Mucuripe.

Em 1966 foi inaugurada a refinaria da Petrobrás Lubnor no Porto do Mucuripe. Ela tem um ramal ferroviário próprio para o Porto do Mucuripe.

Em 1994 foi aprovado um projeto de reabilitação da Ponte dos Ingleses como um projeto de lazer e sem a ferrovia.

Em 2002 foi inaugurado o Porto do Pecém e nessa época deve ter sido inaugurado o ramal para lá.

Em 17 de maio de 2009 foi encerrada a operação do trecho da Estrada de Ferro de Baturité que vinha pelo Otávio Bonfim, o que não deveria ter acontecido porque os trechos de 1872 e 1922 deveriam operar ao mesmo tempo porque seria preservada a memória ferroviária e haveriam mais opções de linhas.

Em 2012 foi inaugurada a Linha Sul do "metrô" que na verdade é um trem urbano e voltou uma parte do 1. trecho ferroviário cearense: a outrora chamada Estrada de Ferro de Baturité voltou às avenidas Tristão Gonçalves e Carapinima, só que passando de forma subterrânea e fizeram uma demolição totalmente desnecessária do Beco da Poeira para "limpeza urbana" para ficar lá um espaço vazio onde os antigos feirantes de lá ficam nas calçadas.

No fim de 2016 na época da reeleição de Roberto Cláudio, ele acabou com os resquícios do trecho ferroviário do Otávio Bonfim mudando o nome da 1. parte da Av. José Bastos para Av. José Jatahy.

O maior e melhor acervo sobre as ferrovias brasileiras que também está na bibliografia é o endereço "Estações Ferroviárias no Brasil" de Ralph Giesbrecht, por óbvio ele não em informações sobre outros ramais em Fortaleza e metrópole, mas é o acervo mais completo das ferrovias brasileiras.


Bibliografia:

 
 
 

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