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O mundo depois do Covid-19

  • Luan César da Costa
  • 15 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de mar. de 2024

Hoje fazem 4 anos em que houveram os primeiros eventos em portões fechados no Brasil: um jogo da Copa do Nordeste entre Ceará x Sport Recife no Estádio Castelão no domingo passou a ser em portões fechados, alguns jogos de futebol mundo afora foram em portões fechados e este dia foi marcado na época porque pela 1ª vez o programa "Domingão do Faustão" da Rede Globo havia sido apresentado sem platéia. Posteriormente naquela semana, foram proibidos torneios esportivos, festas, aglomerações no geral e reuniões mundo afora.

O coronavírus estava rodando o mundo desde dezembro de 2019 segundo pesquisas posteriores e de repente o modelo chinês de ditadura foi a regra, exceto alguns pequenos estabelecimentos como os cabeleireiros do meu bairro e de outros bairros por aí e vendedores de alimentos. Os hipermercados foram os únicos vendedores de eletrodomésticos e outras coisas abertos na época das quarentenas do Covid-19, pelo menos aqui no Brasil eles continuaram vendendo coisas "não essenciais".

Lembram que em alguns lugares da Europa eram usados drones mandando as pessoas ficarem em casa?

E se uma coisa tivesse defeito? Teria que esperar haver o "novo normal".


Prejuízos à saúde

Por óbvio com a quarentena forçada foram reforçados a depressão, a ansiedade, a violência contra a mulher e outros distúrbios psicológicos. Por exemplo: o programa "Cidade Alerta" da Rede Record de Televisão passava a maior parte do tempo falando sobre homens espancando e matando mulheres porque homem em casa no dia útil gera estresse e mente vazia é oficina do diabo.

Temos um caso simbólico do aumento do vício em álcool que foi a morte do craque argentino Diego Armando Maradona Franco: com a quarentena geral na Argentina, "El Pibe" passou a ser viciado em álcool e morreu por decorrência desse vício em novembro de 2020 segundo notícias da época.

Outras pessoas morreram posteriormente porque não puderam fazer tratamentos e exames médicos na quarentena e algumas pessoas tiveram que deixar tratamentos para depois, eu por exemplo tive que adiar por 1 ano e 5 meses a retirada do meu aparelho nos dentes que estava próxima porque depois da quarentena eu não pude ir ao dentista. E o aparelho só saiu porque ele caiu enquanto eu almoçava, antes disso peças daquele ferro velho começavam a cair aos poucos porque não havia manutenção.


Ciência politizada

Nessa época a discussão científica virou uma discussão sobre política eleitoral, ou seja, sobre a parte mais superficial e rasteira da política. A discussão sobre se havia cura para o Covid-19 virou uma discussão assim: a esquerda diz que o Covid-19 não tem cura porque "a ciência disse" e os reacionários (mais conhecidos erroneamente como "direita") defendiam medicamentos como a hidroxicloroquina, o corticóide e a invermectina como prevenção e posteriormente a esquerda dizia que as vacinas do Covid-19 não tinham defeitos e os reacionários diziam que o processo de produção deveria demorar mais tempo como as outras vacinas foram feitas.

Infelizmente não houve a discussão científica necessária, aqui no Brasil era assim: ou defendia o então presidente Bolsonaro ou defendia o atual presidente Lula e nos Estados Unidos era: defendia o então presidente Trump ou defendia o Partido Democrata.

Nessa época eu aprendi a ler artigos científicos na marra para explicar aos leitores do "Fatos do Ceará" e eu digo: eles são um calhamaço que gente comum não aguenta ler, é muito difícil ler.


"Novo normal" e pós-Covid

Ironicamente 2 das 3 redes de hipermercados do Brasil foram vendidas: Extra e Wal-Mart (grupos Bompreço e BIG) e o Carrefour fechou vários hipermercados por conta da queda do poder de compra depois do Covid-19. A pobreza por óbvio aumentou, o número de desempregados aumentou, o número de dependentes de "Auxílio Emergencial" e "Bolsa Família" aumentou, as crianças tiveram quase 2 anos letivos perdidos, várias pequenas empresas fecharam fazendo partes dos Centros das grandes cidades virarem ruínas, grandes corporações compraram empresas menores e conseguiram substituir outras empresas menores e a China intensificou seu poderio no Ocidente.

E a gente tem que aprender lições para uma eventual nova crise similar à ocorrida em 2020: nós temos que ser mais resilientes contra o pânico coletivo e têm que ser criadas novas instituições de pressão para evitar estas coisas.

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