Sobre a Rede Globo
- Luan César da Costa
- 2 de jul.
- 2 min de leitura
A Rede Globo antes da crise atual já tinha seus aspectos ruins como "Domingão do Faustão" - com exceção de uns quadros específicos como "Se vira nos 30" -; os programas jornalísticos que tinham uma linha editorial oficialista até os anos 1990 - o que lhe rendeu a liderança de audiência graças ao apoio bajulador à Ditadura Militar - e neoliberal desde então; o narrador Galvão Bueno puxando saco do Flamengo - time que ele é torcedor declarado - e da CBF; muitas vezes o humorístico "Zorra Total"; a maior parte das telenovelas que promovem o sexo desregrado e a infidelidade conjugal com tramas sem criatividade; algumas séries e minisséries ruins; "Big Brother Brasil" que promove a "espiadinha" em gente desocupada; "Auto Esporte" que sempre foi um programa temático enfadonho; "Malhação" que estimulava os adolescentes a viver uma vida sem foco; os últimos anos de "TV Globinho" onde priorizaram porcarias da Disney como o seriado da banda adolescente "Jonas Brothers" em detrimento da programação infantil; o "Sítio do Pica-pau Amarelo" dos anos 2000 que era uma novelinha ruim; tratar o desenho adulto "Os Simpsons" como um desenho para crianças; "Caldeirão" - com exceção do excelente quadro "Soletrando" -; "A Turma do Didi"; Xuxa e os programas fracassados e esquecidos de Boninho como "Divertics" (2014), "Tomara que caia" (2015), "Zig Zag Arena" (2021) onde o narrador besta Everaldo Marques narrava gincanas, "Pipoca da Ivete" (2022-2023) e "Estrela da Casa" (2024). Mas desde 2014 a Globo está numa queda de qualidade assustadora agravada com a saída de vários bons profissionais.
E também tinha bons programas como alguns filmes, alguns desenhos como "A Caverna do Dragão" que era repetido por muitos anos na programação infantil, o antigo formato do "Esporte Espetacular" - com exceção da Stock Car - quando focava em esportes olímpicos, algumas reportagens dos programas jornalísticos, as transmissões esportivas apesar de priorizarem a exibição de partidas do Flamengo e apesar do monopólio das grandes transmissões esportivas na TV aberta brasileira, algumas minisséries como "O Auto da Compadecida", humorísticos como "Casseta & Planeta Urgente!" e "Os Caras de Pau" (uma adaptação de "O gordo e o magro" que eu assistia todo domingo), algumas novelas adaptadas de bons livros como "O Cravo e a Rosa" que o autor Walcyr Carrasco adaptou do clássico "A Megera Domada" do escritor inglês William Shakespeare e "Sinhá Moça", o antigo formato do "Pequenas Empresas & Grandes Negócios" além das melhores vinhetas geralmente criadas por Hans Donner e dos melhores atores - este último fator graças à falta de coragem da concorrência em criar alternativas viáveis à supremacia global - que faziam da programação da Globo uma das melhores do mundo apesar dos pesares.
Hoje desprenderam a fazer uma boa televisão porque antigamente dava para fazer a melhor programação possível sozinho e porque a Globo não quer aumentar as coproduções pela mesma arrogância que faz eles não admitirem erros da programação deles atualmente como ressaltar que o apresentador Luciano Huck é o que ele diz que é: um homem generoso e genuíno que só quer entreter o povo. E graças à minha visita a uma das principais emissoras afiliadas à Rede Globo, eu tive vontade em ser o interessado em mídia que eu sou.
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