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Odebrecht: o maior grupo de pressão não ideológica do Brasil

  • Luan César da Costa
  • 10 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de set. de 2023

Nessa semana o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações do Grupo Odebrecht na Operação Lava-Jato.

Descobriram que o grupo Odebrecht na época da Operação Lava-Jato deu dinheiro para políticos de todos os partidos existentes no Brasil à época, o que não significa que todos os políticos de todos os partidos serviam à Odebrecht, mas que gente de todos os partidos recebeu propina por meio do Departamento de Operações Estruturadas - o Departamento de Propinas.

Odebrecht está ou estava nos Estados Unidos, nos principais países da Europa, na América Hispânica - incluindo a Cuba socialista -, na África cheia de ditadores e guerras civis e talvez até na Ásia se adaptando às fortes exigências norte-americanas e da União Européia; foi dona da Braskem - uma empresa que destruiu literalmente um bairro tradicional de Maceió sendo irresponsável com a exploração de sal - , mas é um dos principais grupos econômicos da política brasileira.

Na época da operação Lava-Jato o atual presidente vivia criticando o pai Emílio Odebrecht e o filho Marcelo Odebrecht por fazerem delações premiadas (as famosas confissões da época) em troca de menos tempo na cadeia para saírem mais cedo e voltarem a mamar nas tetas do Estado brasileiro.

Ou seja, o pai Emílio e o filho Marcelo eram um poder paralelo que ficava mandando políticos prometerem obras que foram superfaturadas por vezes desnecessárias. Não é à toa que até o presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff viviam prometendo obras através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) lembrando Juscelino Kubitscheck, que construiu Brasília.

A Odebrecht fez alguns estádios desnecessários para a Copa do Mundo de 2014 como a Arena Pernambuco, que desmatou no meio da Mata Atlântica na região metropolitana, em vez de reformar um estádio que precisava de reformas há muitos anos: o Estádio do Arruda do Santa Cruz.

Na eleição de 2014 eu só me lembro de cabeça que os principais candidatos receberam dinheiro da Odebrecht para prometerem obras: Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) e o minoritário pastor evangélico Everaldo (PSC), que vivia fazendo perguntas pró-Aécio nos debates televisionados; ou seja, a Odebrecht não tem ideologia.

Na época eu me lembro que foi dito que a Odebrecht deu propina por meio do Departamento de Operações Estruturadas (Departamento de Propinas) para políticos de todos os partidos existentes na época da Operação Lava-Jato no Brasil, o que não significa que todos os políticos de todos os partidos receberam, mas sim que gente de todas as agremiações recebeu.

Ou seja, eles voltaram a usar do Estado brasileiro: presidentes, senadores, deputados federais e governadores para serem clientes das suas obras, é uma empreiteira sanguessuga que usa do Estado para se favorecer, tanto que os políticos postulantes à presidência da República há muitos anos só falam em obras,.

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