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O que eu penso sobre o Censo de 2022 como simpatizante da Demografia

  • Luan César da Costa
  • 29 de jun. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 29 de jun. de 2023

Ontem saíram os resultados do Censo de 2022, eu às vezes gosto de pesquisar e fazer tabelas demográficas, ou seja, eu sou um interessado no tema.

A minha impressão era justamente que a população brasileira não estava em 210 milhões de habitantes ou mais, mas sim em lento crescimento, ou seja, as estimativas estavam erradas e infladas, hoje temos 203 milhões de pessoas.


O excesso das estimativas

Eu achava que as estimativas eram muito otimistas e que havia alguma coisa errada, o que não tem nada a ver com quem está sentado na cadeira de presidente em Brasília, mas sim porque as estimativas no geral são sempre infladas para cima no Brasil e no mundo.

Exemplo: São Félix do Xingu, no interior do Pará, tinha mais de 100 mil habitantes estimados na prévia do Censo 2022, mas tem 63 mil pessoas no Censo e com outros municípios paraenses que eu havia pesquisado na prévia do Censo - eu olhei os números dos municípios mais povoados de todos os estados na prévia do Censo - , deve ter ocorrido uma redução significante.

Mais motivos para os números baixos: nos últimos anos intensificou-se o processo entendível de saída de algumas pessoas da classe média para cima para morarem no exterior, o maior uso e a maior disseminação de anticoncepcionais - que gera adiantamentos da gravidez - , o adiamento do casamento, o prolongamento de hábitos juvenis por alguns jovens e o crescimento das cidades metropolitanas.

Os números baixos para mim e para outras pessoas mais atentas no assunto não foram nenhuma surpresa e a diminuição da população das grandes cidades não é surpresa nos países de 1. Mundo, infelizmente estamos numa crise demográfica que inevitavelmente causaria problemas na Previdência Social, problemas estes que acontecem também na Europa e não tem reformas no INSS que dêem jeito e também porque não estamos mais na Era das Cidades, mas sim das metrópoles.


Covid-19

Com relação ao Covid-19, ao mesmo tempo em que morreram milhares e milhares de pessoas da doença, os índices de acidentes de trânsito por óbvio reduziram, mas os índices de suicídios explodiram no Norte e no Nordeste como mostra esta pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz - a federação nacional de saúde - , que foi feita com ajuda da filial cearense da instituição.

Fonte da pesquisa:


O destaque: João Pessoa

Uma capital que se destacou em crescimento foi João Pessoa, na Paraíba, que hoje tem a fama de ter qualidade de vida a um custo menor, ainda mais comparando com a vizinha metrópole regional dos tubarões, do Rio Capibaribe fedorento, da principal avenida ter um canal fedorento no meio: o Recife, que diminuiu sua população.

Perto do Recife, eu conheci a cidade no fim de 2019, para os paraibanos do interior é apenas a detestada cidade capital onde no passado a maioria dos habitantes era de funcionários públicos estaduais e hoje é uma capital sem a grandeza de Fortaleza, mas de povo muito estereotipável - os paraibanos são o povo mais estereotipado do Nordeste - e simpático.

Eles têm um bairro cheio de terrenos vazios chamado Altiplano, atrás da Praia de Cabo Branco, onde estão sendo erguidas torres residenciais maiores que as torres residenciais da Aldeota e estão acabando os terrenos vazios, com certeza estão atraindo novos moradores de outros estados, ainda mais com o aumento do trabalho remoto.

É uma cidade tranquila e com uma orla de prédios baixos por causa de uma lei que proíbe prédios altos.


Depois eu vou olhar com mais detalhes os números das cidades, dos municípios e metrópoles e dos bairros de Fortaleza e comentar em um novo artigo.


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