Carrefour atende ao puro protecionismo apesar de ser líder no Brasil e na Argentina
- Luan César da Costa
- 25 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Entidades agropecuárias brasileiras fizeram um boicote ao grupo Carrefour por atender às demandas da agropecuária francesa que recebe muito subsídio da União Europeia para não comprar carne do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e depois houve a adesão do grupo Les Mosqueteires, dono dos supermercados Intermarchè e do atacadista Netto, às demandas da agropecuária francesa. É óbvio que isto pode gerar um efeito dominó contra a agropecuária brasileira em todo o mundo porque o Brasil é o 2. maior produtor agropecuário do mundo e o Carrefour é uma das maiores redes de hipermercados do mundo; sendo a maior rede de hipermercados do Brasil - uma das maiores filiais do mundo -, da Argentina e da Espanha.
Até o ministro da Agricultura e Pecuária do governo Lula, que é um governo de oposição ao setor agropecuário, apoiou o boicote; mas ele disse no começo da frase: "Isso aqui não é colônia francesa não", ou seja, ele é de uma ala da esquerda que dá muita ênfase ao combate contra o imperialismo norte-americano e europeu e que é a favor de alianças com a China, com a Rússia e com grupos terroristas do Oriente Médio como Hamas e Hezbollah. E vale lembrar também que a JBS dos irmãos Batista - a dona da marca Friboi e a maior apoiadora do boicote - foi aliada dos governos Lula de esquerda e Temer de centro.
Apesar de ser um movimento liderado pelos grandes grupos como a JBS que não se importam muito com a qualidade da carne vendida nos estabelecimentos brasileiros, eles estão certos. Aliás, depois do falecimento no começo do ano do 2. maior acionista do Groupe Carrefour, o brasileiro Abílio Diniz, as ações que eram dele foram para quem?
Enquanto isto, o dono de Carrefour Hipermercado, Atacadão, Sam's Club (só no Brasil eles têm esta marca, no resto do mundo ela continua pertencendo ao Wal-Mart), Carrefour Bairro, Carrefour Express e dos supermercados Bompreço e Nacional; vai ter que comprar carne francesa e infelizmente o pobre que só pode comprar carne barata no Atacadão terá que pagar taxas de importação. Oh, la, la! Vive la Rèvolution! Vive le France!
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